
a cena
ensaio sobre uma história que não acabou
A narração é do repórter fotográfico Arisson Marinho, do jornal Correio. O fotógrafo participou da reconstituição da chacina e comentou alguns detalhes da encenação com a equipe Gatilho.
Há oito anos fazendo coberturas no veículo, o repórter já participou de outras duas reconstituições de crimes e disse que se surpreendeu com a quantidade de policiais presentes.
Com a presença dos nove policiais envolvidos no caso, a reconstituição da Chacina do Cabula foi reencenada por nove horas, no dia 27 de maio de 2015, uma quarta-feira. O evento, parte da investigação do Departamento de Polícia Técnica (DPT) da Polícia Civil, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA), contou com pelo menos 150 pessoas, sendo 70 agentes civis, militares, representantes da Corregedoria Geral da SSP e da Defensoria Pública, além de figurantes e quatro delegados do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
A simulação contou com 20 cenas, desde o momento em que uma das três guarnições envolvidas no episódio entrou na Rua Fernando Pedreira, que dá acesso à Vila Moisés, até o momento dos disparos. Os peritos atuaram, ainda de acordo com a SSP, em cima de dez versões baseadas nos relatos de acusados e testemunhas
Equipes da imprensa de diversos veículos foram convocados e, com limitações, acompanharam o evento — que teve início às 19h e só foi concluído às 6h do dia 28. Às 9h, em reunião coletiva com diversos veículos de comunicação, o DPT informou que os peritos criminais Isaac Queirós e José Carlos Montenegro, à frente reconstituição, não encontraram indícios de execução. A Polícia Civil informou, ainda, que as evidências encontradas fortaleciam as "provas objetivas", que seriam os laudos de balística e de análise do local. A polícia afirmou, ainda, que a perícia constatou que os policias utilizaram 16% da munição que dispunham, realizando 143 disparos das 870 munições disponíveis. Segundo o DPT, 57 tiros realizados são provenientes das armas apreendidas com os 12 mortos.
Fotos: Arisson Marinho/CORREIO

Encenação contou com a presença de 150 pessoas

Pelo menos 70 policiais civis participaram de evento

Militares envolvidos no caso estavam presentes

Viaturas da PM foram usadas para simular ação

Outros agentes militares acompanharam

Pelo menos 20 cenas foram recriadas

Alguns figurantes participaram da montagem das cenas

Armas reais foram utilizadas

Encenação durou nove horas